Por Luiz Felipe Longo
- Encontrou algo, Chin? – Questiona Steve enquanto retira alguns papéis da
gaveta. Os membros da 5-0 haviam conseguido um mandado de busca para revirar o
quarto de hotel no qual estavam hospedados os russos Yuri Sokolov, Alex Ivanov
e Theodor Zhirkov.
- Acho que sim! Checando os e-mails
de Alex Ivanov, percebi que ele trocou diversas mensagens com Alan Wander e
muitas delas a respeito de quantias milionárias de dólares.
-
Ótimo, envie para Grover, peça para que ele procure mais sobre Alan Wander.
Algo me diz que esse nome é mais conhecido do que pensamos.
Os
dois policiais norte-americanos ainda encontram vários celulares, munição,
armas de uso restrito do exército russo e em um fundo falso no armário com uma
quantia em dinheiro vivo de sete milhões de dólares.
- Alô, Steve?
- Fala, Grover! Encontrou algo sobre
o nome que Chin enviou?
-
Muitas coisas! Wander foi secretário do Departamento do Tesouro Americano há
cinco anos, mas acabou deixando o cargo após denúncias de corrupção e sob
acusação de ser um espião dos russos.
- Faz sentido. Wander devia ser
amigo de Sokolov, Ivanov e Zhirkov, por isso acabou armando algum plano com
eles. Agora precisamos descobrir qual é. Grover, você sabe me dizer onde ele
está agora?
- Já fiz isso. Rastreei o número de
celular cadastrado no nome de Alan Wander e você vai adorar a descoberta. Ele
está no Brasil, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
-
Beleza! Obrigado, Grover. Vou reunir o restante da equipe, partiremos para
Angra dos Reis e logo envio notícias. Abraço!
O
avião designado pelo governo brasileiro para a equipe da 5-0 realizar suas
operações era bastante moderno. Possuía o chão acarpetado, poltronas grandes e
reclináveis que mais pareciam camas.
- Nunca gostei de voar, mas desse
jeito, está uma beleza. – comenta Danny.
- Da próxima vez, quero ir de classe
econômica, só para ver seu sofrimento novamente. – alfineta Steve, enquanto
olha pela janela e avista as belas águas azuis e o verde presente no munícipio
de Angra dos Reis.
- O lugar é lindo! – Afirma Kono, entorpecida
pela beleza de Angra.
-
É bastante parecido com o Havaí. Matas, águas azuis, paisagens naturais. –
completa Chin.
Catherine
também havia ido para Angra junto com eles, mas não dissera uma palavra desde
que saíram de São Paulo. A moça pensava bastante se deveria ou não retornar à
equipe após o convite de Steve.
Após a aterrissagem, Steve orienta
que todos deveriam ficar bastante atentos a qualquer atividade suspeita,
afinal, Alex Wander, certamente, soubera dos acontecimentos da Avenida Paulista
e que parte do seu plano tinha ido por “água abaixo”.
- Segundo a localização encontrada
por Grover, Wander está naquela casa ali. – diz Steve apontando para uma enorme
mansão com vista para o mar, iate parado em um deck próprio e várias árvores. –
vou tocar a campainha. Quero todos separados me dando cobertura para caso as
coisas fiquem feias.
- Tome cuidado. – pede Catherine.
O líder da força policial sai
caminhando normalmente pela rua até chegar à porta da casa de Alan Wander,
enquanto os outros membros vão por detrás da residência, utilizando caçambas de
lixo e árvores para se esconderem. Steve toca a campainha e um homem alto,
cabelos grisalhos e barba por fazer atende. Ele aparentava não ter mais de 50
anos.
-
Em que posso ajudá-lo.
- Sou Steve McGarrett, líder da 5-0.
Estou procurando Alan Wander.
O homem empurra a porta na direção
do policial e sai correndo pela casa. Steve entra logo atrás, pedindo ajuda
através do rádio para o restante de sua equipe. A residência era enorme e tudo
era banhado a ouro, desde enfeites até a maçaneta da porta.
Inicia-se uma perseguição dentro da
casa de Wander, que estava fugindo e via Steve logo atrás. O ex-oficial da
marinha dos Estados Unidos não estava conseguindo alcançar o inimigo, que
sempre derrubava algum móvel para atrapalhar a corrida de McGarrett. No
entanto, o ex-secretário do Tesouro norte-americano não esperava que Kono,
escondida atrás de uma árvore, atiraria-se contra ele, jogando-o na piscina.
-
Alan Wander, você está preso! – exclama a policial, enquanto Chin e Danny
apontam armas para o fugitivo dentro da piscina. Catherine permanecia onde
ficara de tocaia, em uma árvore ao lado da residência.
McGarrett chega ao local onde estava
sendo efetuada a prisão. Pelo rádio, pede para que Catherine permaneça ali até
terminarem as perguntas a Wander na sala da casa.
- Como conheceu Yuri Sokolov, Alex
Ivanov e Theodor Zhirkov? – pergunta de maneira serena, estranhamente, Steve.
-
Não sei quem são!
- Não sabe? Então me explique como
e-mails seus foram parar na caixa de entrada de Alex Ivanov.
Alan Wander fica quieto, abaixa a
cabeça e se recusa a falar. Nesse momento, o telefone de Danny toca, era Grover
dando novas informações a respeito do caso e da vida do ex-secretário do Tesouro.
- Parece que Wander tem um amigo
dentro do Tesouro, chamado Matthew Thompson. Ele pediu afastamento do seu
emprego por tempo indeterminado. Desde então, nunca mais foi visto.
- Você consegue rastrear o número
dele? – questiona Danny.
Quando
Grover desliga a chamada, Danny tenta arrancar mais algumas informações de
Wander, mas o detido recusa-se a falar. Ele estava com as mãos e os pés
algemados.
- É o seguinte, quero que me fale logo sobre seu amigo Thompson, ou então vou te amarrar em uma pedra e jogá-lo ao mar. – intimida Steve, percebendo a hesitação no olhar do ex-secretário do tesouro.
- É o seguinte, quero que me fale logo sobre seu amigo Thompson, ou então vou te amarrar em uma pedra e jogá-lo ao mar. – intimida Steve, percebendo a hesitação no olhar do ex-secretário do tesouro.
- Como você é gentil, não Steve?-
pergunta de maneira irônica Danny.
- Conheci Thompson pouco antes de
sair do Tesouro. Ele havia servido no Afeganistão, mas voltou após seu comboio
explodir em uma mina e ele perder sua perna direita. Começara a trabalhar no
Tesouro após colocar uma perna mecânica. – responde o bandido de maneira
surpreendente, claramente com medo da ameaça feita por McGarrett.
Nesse momento, os integrantes da força-tarefa escutam pneus cantando no asfalto e em instantes, uma enorme caminhonete invade a sala da residência, quebrando todos os móveis. Steve e Danny pulam para trás de um sofá, enquanto Chin e Kono jogam-se no chão. Catherine, que estava na árvore, desce rapidamente e dispara tiros, sem sucesso, na direção do veículo, que logo dá ré e faz a moça se atirar na grama.
Nesse momento, os integrantes da força-tarefa escutam pneus cantando no asfalto e em instantes, uma enorme caminhonete invade a sala da residência, quebrando todos os móveis. Steve e Danny pulam para trás de um sofá, enquanto Chin e Kono jogam-se no chão. Catherine, que estava na árvore, desce rapidamente e dispara tiros, sem sucesso, na direção do veículo, que logo dá ré e faz a moça se atirar na grama.
- Estão todos bem? – pergunta Kono,
enquanto se levanta.
- Sim, mas Wander fugiu. – afirma de
maneira pessimista Danny.
- Consegui pegar a placa da
caminhonete, vou enviar uma mensagem para Grover pedindo que entre no sistema
de veículos do Brasil e busque em nome de quem está. – diz Catherine já sacando
o celular e solicitando a informação a Grover.
- Não precisa nem pesquisar, foi Matthew Thompson! – exclama irritado McGarrett.
Quando Grover responde a mensagem, confirma-se o inevitável e realmente a caminhonete estava em nome de Matthew Thompson. Steve resolve enviar um alerta para todos os policiais da ilha, pedindo para interceptarem o veículo caso fosse visto.
As barreiras policiais estavam formadas, a força-tarefa 5-0 a postos apenas aguardava a passagem do carro o qual todos esperavam. Os minutos pareciam horas e nada de Thompson e Wander aparecerem.
- Não precisa nem pesquisar, foi Matthew Thompson! – exclama irritado McGarrett.
Quando Grover responde a mensagem, confirma-se o inevitável e realmente a caminhonete estava em nome de Matthew Thompson. Steve resolve enviar um alerta para todos os policiais da ilha, pedindo para interceptarem o veículo caso fosse visto.
As barreiras policiais estavam formadas, a força-tarefa 5-0 a postos apenas aguardava a passagem do carro o qual todos esperavam. Os minutos pareciam horas e nada de Thompson e Wander aparecerem.
-
Será que ele já conseguiu fugir da cidade? – questiona Chin.
- Impossível. Todas as estradas
estavam fechadas e havia blitz pela cidade. Eles devem estar rodando pelas
ruas, esperando por um vacilo nosso. – responde Catherine, bastante pensativa.
Neste momento, Danny, que estava
distraído com um joguinho em seu celular, nota um veículo igual aqueles o
qual procuravam, dando meia volta na
avenida e fugindo da blitz policial.
- Steve, ele está fugindo. Olha lá!
– exclama Danny apontando para o carro de Thompson.
Steve entra em um carro juntamente com Danny e Chin com Kono e Catherine em outro. O automóvel dos bandidos sai rasgando a uma velocidade extremamente alta, seguido de perto pelos dois carros da 5-0 e mais três viaturas policiais.
Steve entra em um carro juntamente com Danny e Chin com Kono e Catherine em outro. O automóvel dos bandidos sai rasgando a uma velocidade extremamente alta, seguido de perto pelos dois carros da 5-0 e mais três viaturas policiais.
Wander
olha pelo retrovisor, coloca metade de seu corpo para o lado da janela e
dispara contra o carro dirigido por Steve. Por sorte, o veículo dirigido pelo
ex-membro da marinha era blindado e as balas nada fazem. Logo atrás, Chin é
quem atira no veículo dos bandidos, acertando seu pneu fazendo-o perder o
controle e bater em um poste localizado próximo a um deck.
-
Thompson e Wander, desçam com as mãos para o alto. – pediu McGarrett apontando
a arma na direção do carro dos criminosos.
Alan Wander sai do carro com as mãos
para o alto, mas tenta surpreender os policiais apontando uma arma a eles. Kono
é ágil, saca a arma na mesma hora e dispara contra o ombro do criminoso,
fazendo-o cair no deck com dor e seu revólver ir parar nas águas do mar.
- Quer ter o mesmo destino que seu
amigo, Thompson? – pergunta com ar ameaçador Steve.
- Anda! Não temos o dia todo para
ficar esperando. – pede Danny.
Matthew Thompson sai com cautela do
carro. Agora que ele estava completamente ao lado de fora, notava-se sua
aparência tipicamente militar. Corpo musculoso, ombros largos, cabelos raspados
e sua “cicatriz” de guerra, uma perna mecânica.
- Podem aparar de apontar essas
armas já... Ou acham que vou conseguir correr ou sair nadando rápido o
suficiente para escapar de vocês? – questiona com ironia o criminoso.
- Acha que confiaríamos em um
traidor como você? Você traiu os Estados Unidos da América, negociou com os
russos, desviou dinheiro junto com seu amigo Thompson. – afirma Catherine,
enumerando todos os crimes cometidos pelo bandido.
- Olha só, a lindinha está afiada!
Após o comentário dirigido a
Catherine, McGarrett vai até Thompson e lhe acerta um soco na cara, fazendo-o
curvar-se tamanha a força do golpe deferido pelo policial.
-
Não fale com ela assim! Vamos, temos algumas perguntas para fazer. – comenta
Steve colocando as algemas nas mãos de Thompson e o colocando em uma viatura.
-
Pode começar a falar? – pede Chin. Eles estavam em uma sala de interrogatório
na delegacia de Angra dos Reis. Matthew Thompson estava com a bochecha inchada
em virtude do soco de Steve.
- Não vou dizer nada para vocês,
americanos.
- “Vocês americanos”. Acho que você
se esqueceu de que é americano como nós. – afirma Danny de maneira irônica.
- Posso ter essa nacionalidade, mas
não me considero um. Por culpa dos Estados Unidos perdi minha perna, fui
enviado para um serviço de escritório, passei por dois anos intensos de
fisioterapia e ainda sinto dores no lugar onde ficava meu membro amputado.
-
Por isso jurou vingança aos Estados Unidos? Queria que o povo norte-americano
pagasse pelo seu sofrimento? – questiona Kono.
- Exatamente. Quero que os
norte-americanos sofram da mesma maneira que eu.
- Onde Alan Wander se encaixa nessa
história?- pergunta Catherine enquanto lê algumas informações sobre o passado
dos dois criminosos.
- Conheci Wander quando trabalhava
no tesouro. O desejo de vingança estava aceso dentro de mim e descobri que ele
havia sido treinado por militares na Rússia, detestava os Estados Unidos tanto
quanto eu. Decidi então armar um plano com ele para fazer a América chorar!
Mas, sentíamos que os norte-americanos não mereciam passar por tamanho
sofrimento sozinho, então decidimos provocar o caos em cada nação aliada de
nossos algozes.
- Mas, como descobriram que o Brasil
havia se aliado com os Estados Unidos? A informação era extremamente
confidencial.
- Lindinha, vocês podem espionar a
todos, mas não querem ser espionados. Contratamos um especialista que invadiu o
sistema de segurança norte-americano e roubou várias informações. Como você
acha que seu chefe ficou sabendo do atentado na Avenida Paulista? Divulgamos
para os líderes das forças militares dos Estados Unidos a respeito do atentado.
As bombas em São Paulo foram apenas distrações. O caos no Brasil está só
começando e ele se espalhará por todos aqueles que forem aliados do “Tio Sam”.
- Isso quer dizer que os russos de São Paulo também fazer parte do grupo de vocês?
- Óbvio. Yuri, Alex e Theodor são apenas 1% de todo o contingente que reunimos para espalhar o terror.
- Isso quer dizer que os russos de São Paulo também fazer parte do grupo de vocês?
- Óbvio. Yuri, Alex e Theodor são apenas 1% de todo o contingente que reunimos para espalhar o terror.
Steve
apenas escutava a tudo o que Matthew Thompson dizia. Ele, como ex-oficial da
marinha, recusava-se a aceitar que uma pessoa, que já fora do exército, podia
trair o país daquela maneira.
- Danny, fiche-o! – exclama
McGarrett, enquanto vê seu companheiro algemar o bandido e pedir ao delegado
que o transfira para um presídio de segurança máxima. - É preciso que enviemos
um alerta para os governos dos Estados Unidos, do Brasil e de todos os aliados
americanos.
- Steve, vamos precisar de força
máxima aqui. – afirma Kono.
- Exatamente! Chamem Grover e Max
para cá. Liguem para o governo brasileiro e peçam mais policiais. Vamos
precisar de toda ajuda que for necessária.
- Vou contatar um amigo meu de Nova
Jersey, pedir para que ele venha nos ajudar. – complementa Danny.
- Excelente! Se é guerra que eles
querem, é guerra que eles vão ter! – exclama McGarrett, com os olhos brilhando.
Leia o primeiro episódio: Operação Brasil
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