Por Luiz Felipe Longo
Na
zona rural de Honolulu, o esquadrão antibombas já estava a postos,
bem como socorristas, paramédicos e o restante da equipe da 5-0. Era
esperado que o avião no qual estavam Steve e Catherine chegasse em
poucos minutos.
-
Eles estão demorando muito, será que estão com problemas? –
pergunta Grover com a preocupação evidenciada em sua voz.
Antes
que alguém pudesse responder ao questionamento feito pelo agente, um
policial vindo de uma estrada de terra chega de carro à pista de
pouso e explica que foi enviado aviso para a torre de controle que
talvez a aeronave não pousasse a tempo de ser feito o desarme.
-
Estão dizendo que o avião vai explodir aqui em solo? – questiona
Danny.
-
Receio que sim, mas não é possível precisar qual será o impacto
que a explosão poderá causar. – comenta o policial.
-
Vamos precisar tirar todos do local.
A
poucos quilômetros da pista de pouso, Johnson já começa a iniciar
os procedimentos para o pouso, enquanto o visor do explosivo marcava
menos de 10 minutos.
- Desculpa te incomodar, mas tenta acelerar isso, senão não teremos tempo de retirar todos os civis. – comenta Steve enquanto Catherine vigiava os dois criminosos para que eles não fugissem.
- Desculpa te incomodar, mas tenta acelerar isso, senão não teremos tempo de retirar todos os civis. – comenta Steve enquanto Catherine vigiava os dois criminosos para que eles não fugissem.
-
Estamos fazendo o possível, mas não queremos colocá-los ainda mais
em risco explica o piloto.
Depois
disso, tudo ocorre em questão de instantes. A aeronave começa a
descer e aterrissa em segurança em Honolulu para grande alívio de
Steve. No entanto, não havia ninguém esperando por eles na pista de
pouso, mesmo tendo sido garantido que as autoridades estariam ali.
-
Danny, onde está todo mundo? – pergunta Steve ao pegar um telefone
e discar para o amigo, que explica que a área tinha sido evacuada em
um raio de 1,5 km da pista de pouso para não colocar ninguém em
risco.
Ao
saber da informação, Steve pede auxílio para Johnson e Garcia
organizarem de maneira ágil a saída dos outros passageiros e também
dos dois criminosos, os quais estavam algemados. O agente da 5-0
percebe que o explosivo ainda estava em seu bolso e ele não tinha
para onde correr, restavam apenas 3 minutos para que o artefato fosse
detonado.
Então,
tudo pareceu conspirar a favor de McGarrett. Johnson e Garcia fizeram
um trabalho meticuloso, haviam conseguido retirar todos os
passageiros em um tempo recorde e deixá-los afastados do avião,
onde estavam as outras autoridades. Restava pouco mais de um minuto e
meio, apenas Steve e Catherine ainda permaneciam no avião.
-
Presta atenção, vamos descer do avião, atiramos o explosivo
novamente para dentro e saímos correndo. Com sorte, haverá apenas
uma pequena explosão que, em terra firme, não provocará grandes
danos. – orienta o comandante.
Ao
lado da pista, em um matagal, Danny, Kono, Chin e Grover observavam a
tudo bastante aflitos e ansiosos com o desfecho dos acontecimentos.
Por sorte, veem Steve e Catherine executarem o plano com êxito e
após andarem apenas alguns metros para longe do avião, ocorre uma
pequena explosão, suficiente apenas para danificar uma parte da
aeronave, mas que se acontecesse nos ares poderia ser fatal.
Os
dois agentes que estavam na aeronave se encontram com os outros
membros da 5-0 e dão um demorado abraço. É possível ler nos
lábios de Danny dizendo para Steve, “você tá maluco?”. No
entanto, o momento de reencontro é interrompido quando o comandante
da polícia local os interrompe.
-
Bom trabalho, McGarrett! Mas, onde estão Morgan e Zwanga?
-
Eles foram retirados do avião junto com os outros passageiros pelo
piloto e o copiloto.
-
Não os encontramos em lugar nenhum, assim como o piloto e o copiloto
também desapareceram.
Só
então Steve percebe o que havia acontecido. Um sentimento de raiva e
consternação tomou conta do agente, que notou que havia sido traído
pelos dois pilotos, os quais estavam juntos com Morgan e Zwanga.
-
Eles estão planejando algo maior. Vou enviar um alerta para todas as
autoridades, a segurança vai ser
redobrada. Nós vamos pegá-los! – exclama com convicção Grover
já realizando algumas ligações.
-
Pessoal, o primeiro-ministro
japonês, Hiroshi Takashi, vai participar de uma cerimônia em Pearl
Harbor, no museu de guerra, para estreitar os laços entre Japão e
Estados Unidos. – comenta Kono ao tatear rapidamente por um tablet.
-
Não pode ser coincidência. Este avião tinha como destino o Japão.
Com certeza eles estão indo para Pearl Harbor e não acho que eles
possuem planos positivos. – responde Chin, visivelmente preocupado.
-
Então é para lá que vamos! – orienta Steve.
Na
base de Pearl Harbor, onde estava acontecendo a cerimônia, os quatro
criminosos conseguem invadir na surdina. Zwanga, o mais violento
deles, corta a garganta de um dos seguranças, enquanto Garcia
estrangula outro. Com isso, eles conseguem acesso fácil à sala
principal.
-
Todo mundo para o chão! – ordena o somali ao disparar diversas
vezes para o alto, causando muita histeria e pânico. Algumas das
pessoas na cerimônia tentam reagir à ordem de Zwanga, mas acabam
sendo mortas pelos três comparsas do africano.
O
primeiro ministro japonês tenta ser retirado pelos próprios
seguranças por uma rota alternativa, mas Johnson dá um tiro que
acerta o ombro esquerdo de Takashi, que cai no chão com a mão no
ferimento. Os seguranças até tentam reagir, mas acabam todos
executados de maneira rápida por Morgan.
-
E aí, Hiroshi, gostou do show? – pergunta o rapaz franzino com a
arma em punho e colocando o pé no ferimento do primeiro-ministro,
que berra de dor. – É o seguinte, todo mundo deitado no chão com
as mãos na cabeça, agora!
Aqueles
que haviam sobrevivido à invasão por não terem reagido obedecem o
criminoso. O cenário era de terror, com muitos corpos caídos
envoltos em poças de sangue, a maioria deles de militares que
participavam da premiação e haviam sido pegos de surpresa.
-
Hoje, Japão e Estados Unidos vão sentir como é ser explorado e
destruído, assim como meu povo africano tem sentido desde muito
tempo. – comenta Zwanga com os olhos vermelhos de raiva, a todo
momento apontando a arma para o primeiro-ministro
japonês. Morgan, Johnson e Garcia observavam atentamente qualquer
movimentação dos reféns.
Ao
lado de fora, a equipe da 5-0 havia conseguido chegar até o local
onde havia acontecido o atentado, mas não tinham conseguido se
aproximar para não colocar os reféns em situação de perigo.
-
Zwanga, o que você quer? Estes reféns não sabem o que está
acontecendo, deixe-os ir. – pede Steve ao pegar um megafone e
tentar se comunicar com os criminosos, porém eles parecem não estar
dispostos a negociar.
-
Você é esperto, Steve! O mundo todo sabe como sua força-tarefa
conseguiu acabar com Saul Hernández, mas a luta dele despertou a
luta de inúmeros outros movimentos ao redor do mundo. Movimentos que
estavam adormecidos, mas que agora irão buscar igualdade no planeta
novamente.
-
Saul era um criminoso. Não queiram se comparar a ele. Entreguem-se
agora e podemos negociar uma redução de pena.
-
Nunca iremos nos entregar! Vamos lutar até os últimos instantes de
nossa vida!
-
Zwanga, me escute. Você não quer matar todos esses civis, eles não
têm nada a ver com a luta de vocês, muito menos o primeiro-ministro
japonês. Se vocês tiverem algum problema, venham resolver comigo e
minha força-tarefa.
-
Não banque o herói, McGarrett! O mundo inteiro sabe das explorações
que ocorrem na África e isso é culpa do Capitalismo, tão permeado
nas nações poderosas. Faremos cada um de vocês pagar com sangue.
Em
pontos estratégicos, Catherine, Kono, Chin e Grover estavam
posicionados para entrar em ação a qualquer momento que fosse
necessário. Tinham os alvos na mira e se a situação não se
resolvesse na base do diálogo, iriam agir. Danny, por sua vez, era o
responsável por realizar a observação atenta conjunta aos quatro
companheiros para que nada escapasse.
-
Zwanga, por favor. Não queremos colocar a vida de outras pessoas em
risco, entreguem-se logo e nos poupe de usar a força. – pede
McGarrett, porém já sabendo que o pedido seria completamente
ignorado.
-
Estou cansado de vocês ficarem conversando. Vamos acabar logo com
isso! – exclama Morgan de maneira exaltada apontando a arma para
Hiroshi Takashi e pronto para atirar.
Nesse
momento, escuta-se um único barulho de tiro, responsável por causar
um silêncio aterrorizador no recinto. Steve deixa o megafone cair e
sai correndo para dentro do local do atentado com a arma em punho e a
postura rígida, mas acaba relaxando ao ver os quatro criminosos
mortos com tiros que entraram ao lado esquerdo da cabeça.
-
Bom trabalho, time. – elogia Steve através do rádio, enquanto os
outros membros da 5-0 deixam suas posições para ir ao recinto e
auxiliar no socorro às vítimas, incluindo o primeiro-ministro
japonês, que é ajudado por Catherine, a qual o leva para uma
ambulância na parte de fora. Por sorte, ele ficaria bem.
Após
terminarem o socorro às vítimas, Danny convida todos os membros da
5-0 para irem à casa dele descansar um pouco e beber algumas
cervejas para relaxar depois do dia cansativo que haviam tido.
-
Parece que não será dessa vez que teremos férias. – comenta
Catherine a Steve, quando os dois estavam na área externa da casa de
Danny, que tinha uma bela vista para o mar.
-
Acho que seu santo foi mais forte. – responde o líder da 5-0 com
um leve sarcasmo na voz, não escondendo o desapontamento de a viagem
para o Japão ter sido frustrada.
-
Ei, eu quero viajar com você, mas não tem como agora. Parece que as
coisas vão ficar feias, você ouviu a fala de Zwanga. Inúmeros
movimentos extremistas estão se emergindo para lutar por um mundo
mais igualitário. Precisamos ficar unidos!
-
E ficaremos! Não importa quantos Sauls ou Zwangas aparecerão, nada
irá nos separar!
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