[REVIEW] HAWAII FIVE-0 7X23 - Wehe'ana (Prelude)

Aloha pessoal!

Ainda em choque com as recentes revelações de que perdemos dois dos membros do quarteto original de Five-0 que foi formado lá no piloto há sete anos atrás.

Chin e Kono não estarão na oitava temporada. Tudo aponta para uma disputa de salários e assim perdemos metade da alma da série.

Chin foi quem alertou Steve que um haole do continente estava cuidado do caso do assassinato do seu pai.

Kono foi o primeiro membro de Five-0 a ir disfarçado em uma missão, lá no começo de tudo.

E ontem ficamos sabendo que eles se foram, então eu sinto exatamente isso, que metade da alma de Five-0 foi embora junto com eles.

Vamos torcer por uma boa oitava temporada e que ambos tenham somente sucesso na sua nova jornada.

Aloha Grace Park e Daniel Dae Kim, Chin e Kono para sempre nos nossos corações.

Agora vamos enxugar as lágrimas e falar sobre a obra prima que foi esse episódio.

Sim, foi uma obra prima em cada um dos seus minutos. Não é segredo para quem lê meus textos aqui que eu meio que implico com a reclamação costante de Danny, eu sei que faz parte de seu personagem e tal, mas às vezes eu acho que há um certo exagero por parte dos escritores, mas nesse episódio Danny foi um estudo de perfeição.

A cena acima foi o epílogo do episódio e foi hilária, doce e tudo que amamos sobre Steve e Danny. Aquelas briguinhas bobas pelos motivos mais idiotas do mundo mas ao mesmo tempo o incrível laço de irmandade que permeia os dois.

Eles estão redecorando o quarto de Charlie e é adorável. Esse episódio reforçou muito a relação de amor que ali, reforçou o quanto a familia de Danny é a família de Steve e o quanto um é importante para o outro. E sem forçar a barra, fluiu de forma natural. Parabéns aos roteiristas.

Esse episódio foi focado em Danny e seu último caso antes de ser sequestrado por Steve e se juntar à Five-0.

Eu amo esses episódios que fecham ciclos. Foi assim com o episódio onde Steve vai com Cath para a Coréia do Norte resgatar o corpo de Freddie, lá nós descobrimos que Steve perdeu o melhor amigo até então, numa missão que capturou Anton Hesse e que no transporte do irmão do seu arqui-rival da primeira temporada perdeu também seu pai. Com apenas alguns dias de intervalo. Foi assim com esse episódio, um flashback com apenas alguns dias de separação entre o drama que Steve estava vivendo e o drama que Danny estava vivendo.

Foi incrível ver Danny trabalhando com seu primeiro parceiro no Havaí, Meka. De volta à temporada 1, o cara foi assassinado e Danny lutou para encontrar o culpado e limpar o nome do primeiro amigo que ele encontrou na ilha, já que ele era constantemente ridicularizado por toda HPD e até mesmo por seu chefe que não queria contratar um detetive haole e do continente, já que ele tinha uma fila de policiais no Havaí esperando para se tornar detetive. Mas vemos como Meka o respeitava e vemos como Danny sempre foi muito bom no seu trabalho, encontrando uma testemunha no caso quando ninguém mais encontrou.

Ele era tão subestimado por HPD antes de Five-0 que até mesmo seu cartão de visita foi impresso com seu nome errado.

Mas como a vida dá muitas voltas, atualmente, sete anos depois seu antigo chefe vai até a sua casa para pedir-lhe ajuda para proteger a testemunha que Danny encontrou naquele caso há anos.

Parabéns ao ator que interpretou o antigo capitão de Danny, eu detestei o cara no primeiro momento. Demorou para eu deixar de odiá-lo.

O resumo do caso é que Danny e Meka estavam investigando um assassinato quando Danny vê uma possível testemunha passar pela cena do crime. Ele pára, conversa com o cara e entrega a ele um cartão para que o ligue caso se lembre de algo estranho no local.

O que acontece em seguida é uma demonstração de como a vida de Danny era uma droga antes de Steve. 

Danny brigando com Rachel sobre a visitação de Grace. A gente lembra como isso foi difícil para o detetive esquentado no começo. Nem mesmo transferir sua vida toda para o Havaí para seguir sua filha parecia ser o suficiente para sua ex-esposa e demorou um bom tempo para as coisas se resolverem. Foi bom para lembrar porque eu não aprovo Danny voltando para Rachel, ela nunca foi boa para ele.

Depois vemos como ele era completamente desrespeitado pelos seus colegas policiais. Por ser do continente como eles chamam, por se vestir diferente dentre outras coisas.

Uma gaveta cheia de óleo bronzeador? Os caras são policiais ou adolescentes?

Ainda nesse ambiente de sete anos atrás, Danny acaba perdendo a ligação de Makino (a testemunha) porque ele atende uma ligação de Rachel para brigar mais um pouquinho. E por perder essa ligação, Makino, a testemunha é atacada e some.

Enquanto isso seu antigo chefe explica que recentemente uma matéria na TV mostrou Makino que estava em um hospital em estado de coma. Eles o apresentam como um desconhecido que foi encontrado ferido e está inconsciente há anos, eles também informam que o tal desconhecido tem mostrado sinais de recuperar a consciência. Então seja lá quem tentou matá-lo no passado pode voltar e tentar outra vez, sendo assim Danny segue para onde Makino está para levá-lo para um local mais seguro e Steve continua na casa de seu parceiro terminando de decorar o quarto do garoto que ele considera seu sobrinho.

Mas é claro que essa transferência não é livre de bandidos tentando matar todos eles. A começar por uma enfermeira que na verdade está lá para matar Makino. Então há uma cena de luta incrível e Danny consegue neutralizar sozinho a primeira ameaça.

Vemos então a cena onde o então capitão da polícia de HPD retira Danny do caso depois que ele perde o testemunho de Makino.

Ele manda Danny para a investigação da morte do pai de Steve. Na verdade a gente descobre que ele não seria responsável pela investigação em si, mas sim por ir até a cena do crime e tentar encontrar algo que a perícia não tenha encontrado. Na verdade é uma maneira de punir Danny por perder a testemunha.

Mal sabia o capitão que essa seria a melhor coisa que poderia acontecer na vida do detetive haole do continente e completamente renegado pela polícia do Havaí.

Houve muito pouco de Steve nesse capítulo e por incrível que pareça foi bom que fosse assim. As poucas vezes que o atual chefe de Danny apareceu foi na medida certa. 

Em um dado momento da transferência de Makino para um local seguro, Danny pede a ajuda de Steve que é claro, sai correndo para ajudar o amigo e parceiro.

Houve uma breve aparição do resto da equipe (pensar que nunca mais veremos cenas como essa é muito, muito triste mesmo), que estava no HQ Five-0 investigando quem poderia estar por trás da perseguição à Makino.

Outro parabéns para os roteiristas fica por conta dos detalhes de continuidade. É muito difícil mesmo pensar em cada detalhe para interligar esse flashback com o primeiro episódio da série. Desde o penteado diferente de Danny, a gravata infame e o famigerado coelho rosa que ele comprou para Grace mas foi ofuscado pelo coelho de verdade que Stan comprou para a menina, quem lembra? Pois é, ele também estava de volta.

O capítulo foi ótimo também porque mostra porque Danny é sim um policial incrível e teve a chance de mostrar para seu antigo chefe que ele foi subestimado errôneamente, é sensacional ver a cara estupefata do capitão a cada vez que Danny salva Makino e está à frente dos bandidos que os estão caçando.

Como quando ele mata o bandido que está esperando por eles do lado de fora do elevador. A cara do capitão nesse momento é inestimável.

Danny também teve a oportunidade de dirigir nesse capítulo. E ele dirigiu pelas ruas do Havaí como Steve faz todos os dias. Aliás ele agiu o tempo todo como Steve agiria. Por isso esse capítulo foi tão especial, cada detalhe mostrou como o passado foi responsável pelo que Danny é hoje e como Steve foi providencial para aperfeiçoar suas habilidades de detetive e transformá-lo num super policial.

Foi muito divertido também ver Danny pedir para Steve esquecer tudo que ele sempre disse sobre dirigir com cuidado e ser prudente e chegar o mais rápido possível no esconderijo improvisado que eles encontraram antes que os bandidos cheguem.

O desabafo de Danny para seu antigo capitão foi bom também. Foi legal ver Danny expressar suas frustrações com o tratamento que ele recebeu na época, com a forma como ele foi tirado do caso apenas porque a testemunha sumiu e foi bom ver o ex-chefe admitir que ele realmente não queria Danny na sua equipe mas que hoje ele pode realmente perceber que o detetive haole é realmente muito bom. Não que ele precise mais da aprovação de alguém depois de fazer um trabalho estelar com Five-0.

Morri de rir também com a forma como Steve entrou na casa onde eles estavam escondidos e matou os bandidos que estavam transformando o lugar numa peneira. Ele simplesmente entrou de carro e tudo, com o seu Silverado prateado novinho. Típico de Steve.

"Você deve ser Steve..."

Sim sou eu idiota. O cara que viu potencial no detetive haole vindo do continente e o transformou num cara melhor e muito mais respeitado no estado.

Sabe o que mais foi perfeito nesse episódio? Ver Steve ser tão fofo com Charlie. Ele montou a cama em formato de carro e disse que foi Danny, apenas para que o garoto admire mais ainda seu pai. Enquanto Danny cuida da segurança de Makino, ele está na casa do parceiro cuidando do seu menino com imenso carinho. Steve brincando de corrida com Charlie simulando todos aqueles sons é um dos melhores momentos de toda a temporada. Mesmo que não seja uma cena de luta e sim uma cena de amor. A gente precisava de um pouco de Steve e Charlie e tivemos uma boa quantidade dessa vez. Ficou um gostinho de quero mais.

Então mais emoção. É claro desde o começo que Danny se sente culpado por Makino ter sido atacado e estar em estado de coma. Ele se culpa por não ter atendido a ligação, se culpa por não ter encontrado o cara a tempo, se culpa por toda a situação.

Mas o mais emocionante é vê-lo falar da equipe de Five-0. Chin, Kono (foi hilário vê-lo admitir que tinha uma paixonite por Kono no começo), mas o carinho disfarçado de ironia com que ele fala de Steve é especial. Os dois estão acostumados desde o primeiro contato a se pegarem, mas ao longo do tempo a amizade que eles cultivaram é daquelas para a eternidade e quem sabe além. Danny tinha uma vida realmente miserável antes de conhecer Steve e entrar para Five-0. O SEAL durão e que não segue regras mudou sua vida e como ele mesmo disse, deu-lhe uma família, ohana. 

Nós sabemos Danny, toda a sua reclamação é apenas para disfarçar o quanto você ama seu parceiro e o quanto você agradece por tê-lo encontrado naquele fatídico dia na garagem de John McGarrett. Nós sabemos cara.

Então o que já era de longe o episódio mais incrível da temporada fica ainda mais perfeito quando como encerramento nós vemos a cena que deu origem à tudo isso, Danny e Steve apontando suas armas na cara um do outro. Eu pelo menos nunca vou me cansar de ver essa cena:

Como eu disse o trabalho dos detalhes foi simplesmente perfeito. Os roteiristas dessa vez não deixaram um único furo, do penteado de Danny, a camisa que ele estava usando no piloto, a atenção de manter as luzes que Steve tinha acendido ao entrar na casa foi um estudo muito profundo e trouxe todo o ar de perfeição e a cola perfeita entre o passado e o presente. Foi maravilhoso, terminei de ver esse episódio amando novamente a química de Steve e Danny.

Foi um tributo bonito da série para a série e seus fãs.

Nota: 10!

Até a próxima e fale conosco sobre suas impressões nos comentários ;)