As vezes é preciso deixar a emoção falar mais alto.
Se alguém pensou que apenas o season finale seria capaz de proporcionar um avalanche de emoções, esse alguém estava muito enganado. Até quem andava desanimado com o ritmo da série precisou dar o braço a torcer, porque nesse episódio Hawaii Five-0 não deixou nada a desejar nem no caso semanal e nem no plot principal. Que dessa vez foi o de Kono a ser abordado. Mas uma coisa de cada vez.
Ho'opio (Sequestro) trouxe mais uma conexão com a realidade, já que o caso foi inspirado na história de Maile Gilbert. O pai dela, Tip Gilbert, apareceu no episódio como ele mesmo e com sua patrulha de motoqueiros. Os Pacific Knights (Cavaleiros do Pacífico). Mas tão bonito e emocionante quanto o trabalho de vigilância de Tip e seus amigos ao qual fomos apresentados, foi a entrega total da Five-0 para esse caso. Porque quando envolve crianças, é muito mais do que pessoal. É uma questão de honra e humanidade.
Não existem palavras que descrevam as emoções e sentimentos vividos com esse episódio. Ver que Amanda foi assassinada logo depois de ser "substituída" trouxe a mesma sensação de impotência que temos ao ver uma notícia de sequestro seguida de morte. A indiferença de Helen Cantera que usava disfarces de enfermeira, policial ou qualquer outro profissional que uma criança possa confiar para assim sequestrá-las e vendê-las, e que preferiu se matar do que deixar ser presa trouxe aquela repugnância de lembrar que existe sim gente capaz de qualquer coisa por dinheiro. A frivolidade de Ray Beckett para com Amanda, Ella e até com sua esposa trouxe aquele sentimento de ódio profundo. Pensar que é provável que exista sim gente capaz de sequestrar uma criança apenas pra tirar dinheiro do Governo chega a ser nauseante. Enquanto o trabalho de Tip Gilbert, que mencionei acima, trouxe o conforto de saber que existe sim gente disposta a ajudar e evitar que outros sintam a mesma dor. Danno fazendo a promessa que não devia e lembrando o quanto é importante manter a esperança acima de tudo.
Creio que não é preciso ter filhos pra se colocar nessa situação, pois tudo mundo tem uma irmã, uma prima, sobrinha... Alguma criança próxima, cuja qual nos consegue fazer imaginar pelo menos parte desse sofrimento. Que nos faz sentir como Danno, que normalmente é racional mas que nessas ocasiões adota um caráter extremamente emotivo levando-o a não se importar em quebrar a cara de quem fosse preciso se assim fosse necessário para encontrar a pequena Ella. Ou Steve, que conseguiu manter a frieza ao pedir o distintivo de Danno e sair de cena para que o amigo fizesse o trabalho. Momento épico e memorável.
Mas nem todas as lágrimas derramadas foram de dor, angústia e raiva. Houve momentos de pura emoção e comoção. Como o momento em que Danno lembrou o dia em Grace foi raptada por seu ex-parceiro Rick Petterson no 3x15 (Mai Ka Wa Kahiko), e quando precisou fazer uma pausa e ir ao encontro de um abraço da filha para recuperar as forças. E finalmente quando a Five-0 encontrou Ella, foi como se cada um tivesse encontrado uma parte de si mesmo que estivesse faltando. Ainda teve aquele momento triste, porém belo, em que Danno levou o diário de Amanda para os pais da garota.
Em meio a tudo isso tivemos um pequeno andamento no plot de Kono. A moça continua desconfiando de Adam, mas pelo menos agora resolveu se abrir com Chin. Embora logo tenha mudado de ideia. Kono deu uma bisbilhotada nas coisas de Adam, porém foi através dos capangas de Michael que ela chegou ao nome de Sato. Que Cath descobriu ser um dos chefes da Yakuza, e que Adam andou se encontrando com ele. O que Kono fará agora? Porque só pelo fato dela ter mentido pro Chin de novo, não creio que ela vá seguir o conselho de Cath e contar tudo pro Steve. Mas ainda quero acreditar que Adam é do bem. Pois como Chin bem lembrou, ele estava lá no momento que Kono mais precisou.
Só não posso deixar de fazer um breve comentário sobre o único momento cômico do episódio: a discussão sobre o novo corte de Steve. Entendo que ele não se ofenda com os comentários de um homem que usa mais produtos no cabelo que uma mulher. Mas assim como Chin, espero que cresça de novo.
E semana que vem o penúltimo episódio da temporada terá mais Kono e o retorno de Doris. Preparados?
Nota: 10
Este texto foi originalmente postado no "Canal de Séries" e reproduzido com autorização tanto da autora quanto dos responsáveis pelo CS.
Não existem palavras que descrevam as emoções e sentimentos vividos com esse episódio. Ver que Amanda foi assassinada logo depois de ser "substituída" trouxe a mesma sensação de impotência que temos ao ver uma notícia de sequestro seguida de morte. A indiferença de Helen Cantera que usava disfarces de enfermeira, policial ou qualquer outro profissional que uma criança possa confiar para assim sequestrá-las e vendê-las, e que preferiu se matar do que deixar ser presa trouxe aquela repugnância de lembrar que existe sim gente capaz de qualquer coisa por dinheiro. A frivolidade de Ray Beckett para com Amanda, Ella e até com sua esposa trouxe aquele sentimento de ódio profundo. Pensar que é provável que exista sim gente capaz de sequestrar uma criança apenas pra tirar dinheiro do Governo chega a ser nauseante. Enquanto o trabalho de Tip Gilbert, que mencionei acima, trouxe o conforto de saber que existe sim gente disposta a ajudar e evitar que outros sintam a mesma dor. Danno fazendo a promessa que não devia e lembrando o quanto é importante manter a esperança acima de tudo.
Creio que não é preciso ter filhos pra se colocar nessa situação, pois tudo mundo tem uma irmã, uma prima, sobrinha... Alguma criança próxima, cuja qual nos consegue fazer imaginar pelo menos parte desse sofrimento. Que nos faz sentir como Danno, que normalmente é racional mas que nessas ocasiões adota um caráter extremamente emotivo levando-o a não se importar em quebrar a cara de quem fosse preciso se assim fosse necessário para encontrar a pequena Ella. Ou Steve, que conseguiu manter a frieza ao pedir o distintivo de Danno e sair de cena para que o amigo fizesse o trabalho. Momento épico e memorável.
Mas nem todas as lágrimas derramadas foram de dor, angústia e raiva. Houve momentos de pura emoção e comoção. Como o momento em que Danno lembrou o dia em Grace foi raptada por seu ex-parceiro Rick Petterson no 3x15 (Mai Ka Wa Kahiko), e quando precisou fazer uma pausa e ir ao encontro de um abraço da filha para recuperar as forças. E finalmente quando a Five-0 encontrou Ella, foi como se cada um tivesse encontrado uma parte de si mesmo que estivesse faltando. Ainda teve aquele momento triste, porém belo, em que Danno levou o diário de Amanda para os pais da garota.
Em meio a tudo isso tivemos um pequeno andamento no plot de Kono. A moça continua desconfiando de Adam, mas pelo menos agora resolveu se abrir com Chin. Embora logo tenha mudado de ideia. Kono deu uma bisbilhotada nas coisas de Adam, porém foi através dos capangas de Michael que ela chegou ao nome de Sato. Que Cath descobriu ser um dos chefes da Yakuza, e que Adam andou se encontrando com ele. O que Kono fará agora? Porque só pelo fato dela ter mentido pro Chin de novo, não creio que ela vá seguir o conselho de Cath e contar tudo pro Steve. Mas ainda quero acreditar que Adam é do bem. Pois como Chin bem lembrou, ele estava lá no momento que Kono mais precisou.
Só não posso deixar de fazer um breve comentário sobre o único momento cômico do episódio: a discussão sobre o novo corte de Steve. Entendo que ele não se ofenda com os comentários de um homem que usa mais produtos no cabelo que uma mulher. Mas assim como Chin, espero que cresça de novo.
E semana que vem o penúltimo episódio da temporada terá mais Kono e o retorno de Doris. Preparados?
Nota: 10
Este texto foi originalmente postado no "Canal de Séries" e reproduzido com autorização tanto da autora quanto dos responsáveis pelo CS.
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