A eterna Ohana - por Gabriela Cerutti Zimmermann


Aloha!

Confesso que está sendo um momento de múltiplas emoções pra mim. Tanto como fã da série por ter que me despedir dela quanto como escritora. Digo isso porque foi com Hawaii Five-0 que comecei a escrever, que descobri que gostava disso e que poderia fazê-lo. Durante muitos anos fui reviewer aqui, e agradeço profunda e eternamente ao Ítalo por ter me proporcionado essa chance. E quando precisei me arriscar em outros lugares, a Renata me substituiu com toda competência. Só que coisas aconteceram, e depois de muito tempo volto a escrever algo além de uma postagem em rede social.

Nós da equipe combinamos de fazer essa série de postagens de despedida. Contando o que a série significa pra cada um. E quando comecei a pensar no título do meu texto percebi que a palavra "Ohana" precisava estar presente. Não só porque os personagens formam uma família, mas porque nossa equipe é uma família. Porque assistir aos episódios toda semana é algo que faço com meu pai. E, bem, depois de dez anos você até sente como se os personagens fossem da sua família.

Comecei a assistir Hawaii Five-0 por um simples motivo: saudades de Lost. E assim a série tinha dois atrativos, a presença de Daniel Dae Kim no elenco e o fato de ter o Hawaii como locação. Mas não demorou pra ganhar seu próprio cantinho no meu coração. Impossível não se apegar aos personagens carismáticos e se envolver com suas interações. Sem falar da ação e dos crimes que botavam nossa cabeça pra funcionar tentando resolvê-los junto com os personagens. Uma ótima combinação de raciocínio e emoção. Logo eu estava indicando pra vários amigos, porque eles precisavam ver Hawaii Five-0! Era isso.

Mas toda família tem seus problemas. E o momento em que Daniel Dae Kim e Grace Park tiveram que deixar o elenco porque a CBS se negou a igualar o salário deles com os de Alex O'Loughlin e Scott Caan, certamente foi um daqueles em que alguém merecia ser deserdado. Não faz sentido ver um ato de racismo como esse ocorrer nos bastidores de uma série que sempre trouxe em sua trama tantos valores. Antes disso houve poucas coisas das quais realmente me queixava. Como a retirada de Cath (pouco depois de sua inserção no elenco fixo) porque Peter Lenkov preferiu dar ouvidos a alguns haters da personagem ao invés de seus instintos como escritor. E a morte fácil de Wo Fat, que foi um baita tiro no pé. E depois a coisa só degringolou. Foram inúmeras tramas inverossímeis, além do divórcio de Kono e Adam que soou tão superficial em comparação com tudo que passaram para ficarem juntos.

Mesmo assim, dói dizer adeus. Porque quando coloco tudo na balança, as coisas boas falam muito mais alto. As emoções que senti assistindo, e que voltavam a tona enquanto escrevia os reviews. A felicidade em cada renovação. Os risos com os momentos cômicos impagáveis. O sentimentos de pertencer a algo durante as conversas de nossa equipe. A gratidão de ver as visualizações comentários do blog, pois não estaríamos aqui se não fosse por vocês. Embora caibam em menos palavras, essas coisas pesam bem mais.

Quando eu assistir o último episódio, que foi ao ar ontem, espero encontrar algo colossal. No nível do início da série. Encontrar os personagens queridos que saíram para também poder me despedir deles. Enfim, sentir que, pelo menos no fim, a família ficou toda unida de novo. Pois como diz o bordão do filme Lilo & Stitch: "Ohana quer dizer família. Família quer dizer nunca mais abandonar ou esquecer." E eu certamente nunca esquecerei.

Assistam ao series finale e #FiquemEmCasa. Mahalo!

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